Ser um JOVEM TOP: A (IN)sustentabilidade da vida (IM)posta pela (PSEUDO)elite de Belém.
Texto por: E.M.
Trata-se de um texto fictício qualquer coincidência com a realidade é apenas um acaso
Belém é conhecida internacionalmente por sua culinária marcante, e sua história peculiar, conhecida também por seu povo acolhedor, sim! os paraenses com poucas horas de conversa, te convidam para um churrasco no fim de semana, desde que, em troca, você diga onde mora, onde seus filhos estudam, com o que você trabalha, seu tipo sanguíneo, e onde passou verão passado, a fofoca alimenta uma cultura do paraense, a de comentar a vida alheia.
Falando em Verão, vamos diretos a Salinas, onde encontram os ex-estudantes de colégios de nazaré e batista campos, que formam um conglomerado de pessoas que frequentam as praias (Atalaia apenas) com seus carros importados e conversíveis de luxo, abarrotado de bebida e mulheres (que são ou foram "modelos" na capital, ou que um dia querem ser) e um "paredão" (caixas de som) que lembram aparelhagem, mas tocam desde eletrônico a sertanejo. Ao fim, os carros saem e a praia fica imersa a sujeira por todos lados.
É fato, em Belém há um mundo de jovens que vivem, compram, pensam e se vestem em paralelo a maioria massante dos outros jovens. Você tem um I-fone? Estuda em um dos colégio em nazaré ou na batista campos? Viajou para Miami no último ano? Vai para Salinas ostentar? Anda só com roupas de marcas? Vai para as festas e fica sempre em camarote? Fala TOP? Conhece "colunista" de baladas? Seu pai é fazendeiro? Não malha em uma academia acima de R$ 200,00? NÃÃÃO?! Então é provável que não esteja nesse mundo, que aqui chamarei de TOP (esse grupo "seleto" de pessoas), que vivem um padrão de vida que é (IM)posto como única, brilhante, de galã de novela da globo, sou global, tenho dinheiro, influência e não! Não me importo com isso! Nasci assim e vou continuar assim (desde que meus pais não furem a minha "mesadinha"). E quem não se adéqua é colocado a margem, a espreita, alvo de olhares e cometários. Calma lá, todo TOP puro sangue, anda com os "PseudoTops", "Aspirantes a TOPs" ou vulgo "filhos de pobre metidos a rico", estão em todos os cantos, reproduzem a fala e os estilo de vida dos TOPs, mas o sobrenome não é de peso, os pais são de classe média, pegam ônibus e entram nas festa de lista ou no porta malas do carro (AP). Os TOPs darão a eles o estilo de vida, as roupas, o ambiente, o "statuts"e as viagens, porém eles jamais serão TOPs puro sangue.
FESTAS
Já se perguntaram por que as casas de festas de Belém não duram? passam-se dois anos (no máximo) e surge a notícia que a casa fechou, mas o cômico é saber que já há um projeto de uma nova, com os mesmos donos, DJs e os funcionários são os mesmos, ate o cara do bar. Aproveite então, elas podem ir de Paris(Louvre) ao "elefante rosa" ou do "bar africano" até "Chá del Mar" em poucos anos.
Não interessa, o que realmente é importante; é a roupa que está usando (marca, mulheres de tubinhos colocados a vácuo, e homens bombados com camisa colada, braço estourando a manga, claro!, jeans e algum tênis de mola. P.S.1. Já há relatos de sapatos mais urbanos), o relógio, a chave do carro (e de preferência pendurada na cintura), que peça baldes e baldes de bebida, calma lá, tem que ser Cîroc, Grey Goose, Belvedere ou Absolut, nada de Smirnoff,, Kriskof, Orloff, Roskoff e os outros "Offs" de frutas. Ai os homens incorporam um tarado assediador e as mulheres fingem que são virgens (difíceis), pronto a festa está completa. P.S.2.:Não vale sair sóbrio.
Esse modelo consumista e individualista segrega os "não pertencentes" a "este mundo", os que estão fora de forma, sem dinheiro, sem a marca de roupa do ano, sem o carro importado... Este "modelo" está longe de sustentabilidade, de representatividade das juventudes, de união, de percepção da realidade, de uma luta ambiental e social crítica, este modo de vida tem matado jovens alcoolizados ao volante ou causando vítimas por onde passam, mata jovens de overdose em festas, incentivam o consumismo exagerado e exaltam a segregação social, é este modelo que já dura décadas e que se pretende propagar., #Belém400anos e se não houver uma crítica sobre este, serão mais 400 anos.
O que você faz da sua vida é problema seu!, Mas o que deixa de fazer pelo Coletivo (a sua omissão) é problema NOSSO!